O FILHO PRÓDIGO QUE FICOU EM CASA

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O filho pródigo da parábola narrada por Jesus em Lucas 15:25-30, refere-se ao filho mais moço (15:12), e não ao filho mais velho que ficou em casa. Não obstante, falaremos a respeito deste ultimo.

O que significa a palavra Pródigo?

Pródigo, literalmente significa “dissipador, esbanjador, desperdiçador etc.”.
O filho pródigo da parábola foi acusado de dissipar sua fazenda, gastar sua herança, abandonar a casa do pai e viver dissolutamente. Seu irmão mais velho, que ficou em casa, não esbanjou seus bens nem abandonou o lar paterno. Porém, tempos depois, sua atitude grosseira tanto para com seu pai como para seu irmão, que voltara arrependido, renunciando até o direito de filho (15:21), demonstra que ele era mais pródigo do que o que deixara o lar.

Os dois filhos pródigos

Observando o filho mais novo

O irmão mais novo era pródigo por dissipar sua fazenda, sua herança; o mais velho era pródigo por dissipar a oportunidade de demonstrar o seu amor, a misericórdia e o perdão.

A sua falta de amor para com o irmão e a desobediência para com o seu pai são provas de sua prodigalidade. O irmão mais moço, pródigo, fora de casa (fora da igreja).

 O mais novo, voltando arrependido, pedindo perdão, renunciando os seus direitos para ficar em casa como servo-jornaleiro.

Observando o filho mais velho

O mais velho, apesar de estar em casa com seu pai (15:13b), assumiu uma posição inflexível e impiedosa diante do irmão que voltara arrependido. “O seu coração não sabia aprecias a graça que espera, anela, recebe e abençoa”. Nem com “bezerros cevados e música divina” ele mudou de atitude diante da volta do irmão. Antes, queria gozar com seus amigos, em detrimento do perdão daquele que estivera ausente.

O egoísmo do filho que ficou em casa

O filho pródigo que ficou em casa, ao ouvir a música e ver a comida que seu pai havia preparado para comemorar a volta do filho, perguntou aos servos: “Que barulho é este?” Os servos responderam: “Veio teu irmão, e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo” (v 17). “Meu irmão! Não!” Foi falar com seu pai, e durante a conversa usou o termo ”este teu filho” (v 30).

Considerou a música e o banquete desnecessário extravagante. Ora, o momento era de alegria, de perdão, de regozijo. Já pensou que tipo de música bonita não seria aquela que o pai mandou tocar para seu filho que voltava? Porém, o filho mais velho não queria ouvir.

Para esse tipo de “filhos pródigos”, a música sacra, “paternal”, não tem valor. Hoje, eles estão querendo ouvir a música profana, diante da qual nossa igrejas estão sendo ameaçadas, por tentarem agradar os “filhos pródigos modernos” que vivem dentro delas.

Dois modelos de crentes

Esses dois tipos de “filhos pródigos” são uma figura dos crentes (irmãos) que temos em nossas igrejas. Uns procurando acertar, reconhecendo seus erros e confessando seus pecados. Outros, justificando-se, cobrando os “serviços prestados” à igreja: “Tenho servido a tantos anos... nunca me deram um cabrito para comer com meus amigos” (v 29).

Queixam-se de seus pastores, da igreja onde congregam, vivem sempre a se queixar.

O filho pródigo que ficou em casa é o tipo desses que vivem dentro da igreja confiando em seus próprios méritos, e sempre estão a dizer: “Sirvo aqui durante tantos anos... e nunca me deram um cabrito” (um cargo, uma posição)”.

Quase sempre protestam quando a igreja recebe um filho pródigo. O quadro é triste, mas verdadeiro.

“Alguns homens não alimentam sentimentos nobre para com seus semelhantes e, por conseguinte, não podem manifestar gozo pela salvação deles”, escreveu certo comentarista da Bíblia. O filho pródigo que saiu de casa viveu no mundo durante muitos anos e esbanjou os seus bens morais e espirituais.

Más o importante é que ele voltou à casa paterna, e dele disse o seu pai: “Este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado” (15:32).

Vejamos agora os motivos que o filho pródigo que ficou em casa apresentou para não receber o seu irmão que havia voltado arrependido:


1) “Nunca me deste um “cabrito” para alegrar-me com meus amigos”,


2) “Mataste o bezerro cevado e tocaste música para ele, e para mim nem um “cabrito”.


Seus valores e atitudes: Não perdoar, não recebê-lo, não fazer festa nem ouvir música.

Sua doutrina: O que é meu é meu, e não o compartilho com ninguém.


“A doutrina do pai era receber o filho perdido e integrá-lo na família (igreja), com todos os direitos de filho, e dizer-lhe: Filho, o que é meu é teu, e tosas as minhas coisas são tuas” (v 31).

Vejamos a diferença entre os dois filhos pródigos: 


O primeiro levantou-se e foi ter com seu pai, confessando os seus pecados, sem exigir nada, tão somente a sua admissão como servo (15:19).

O segundo indignou-se e não quis entrar para abraçar o irmão, apresentando suas razões egoístas. O pródigo ajunta tudo, leva tudo (15:13,14), más ao voltar nem os amigos o acompanham. Somente o pai levanta-se e corre para abraçá-lo (15:20).

Se você meu irmão é um “irmão mais velho”, é “um que ficou em casa”, não despreze seu irmão quando ele voltar arrependido, confessando os seus pecados. Caso contrário, você será mais um pródigo dentro de casa (igreja), impedindo as bênçãos de Deus sobre sua vida e o direito de seu irmão voltar a ter paz com Cristo e com a igreja (sua casa).


LIÇÕES DO DESERTO

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Texto: Deuteronômio 8.1-5
Introdução
Significado de deserto, segundo os dicionários: Lugar desabitado, árido, sem água.
Imagine 2 milhões de pessoas, incluindo crianças, vivendo num lugar desses durante quarenta anos – FAZER UM RESUMO DA PEREGRINAÇÃO DO POVO DE ISRAEL NO DESERTO.Às vezes parece que estamos vivendo no deserto. Temos então que aprender algumas lições com o povo de Israel.


I – O deserto não é um lugar definitivo

Quarenta anos o povo de Israel passou no deserto, porém o objetivo era a conquista da terra prometida.

CONTEXTUALIZAÇÃO: Almejamos o céu, nossa terra prometida, o nosso repouso (Hebreus 4.9). Porém para chegarmos lá é preciso:

1. PREPARAÇÃO: Ver Josué 1.10
Os israelitas teriam que levar provisão para a jornada. Precisavam estar bem alimentados. Encontramos o alimento espiritual na Palavra de Deus.
Deus fala através do Profeta Amós: “Prepara-te ó Israel para te encontrares com o teu Deus”. Amós 4.12b – ÊNFASE: Não é aos “de fora” que Deus está falando, mas ao seu povo.

2. VIDA DE SANTIFICAÇÃO: Ver Josué 3.5
Santificação é separação do mundo, isto é do pecado. A conquista da terra só foi possível depois que os israelitas se purificaram das contaminações prescritas na Lei. Temos na Bíblia, tanto no VT como no NT vários textos que nos exortam a viver em santificação. Eis alguns: Salmo 24.3-4 – Hebreus 12.14 – Tiago 1.27 – ÊNFASE: Não é suficiente ser religioso, mas é preciso abster-se do pecado.




3. VIDA DE CONSAGRAÇÃO: Ver o Capítulo 5 de Josué
A circuncisão representava a consagração do povo a Deus. No tempo da Graça, consagração é dedicação total de nossa vida a Deus. É preciso circuncidar o coração. ÊNFASE: A circuncisão era um sinal externo do compromisso com Deus. Não precisamos mais de rituais religiosos, pois o que Deus deseja é um coração quebrantado. Ver Salmo 51.17.
APLICAÇÃO: Se você parece estar vivendo no deserto, lembre-se que o deserto é o lugar de preparação para conquista da terra prometida.

II – No deserto Deus não nos abandona

Deus estava presente no deserto seja na nuvem (de dia), seja na coluna de fogo (à noite). O clima no deserto chega a temperaturas insuportáveis. Durante o dia chega a níveis altíssimos. A nuvem seguia os israelitas para amenizar o calor. À noite a temperatura cai a níveis insuportáveis. A coluna de fogo servia tanto para iluminar como para aquecer.

CONTEXTUALIZAÇÃO: A presença de Deus em nossa vida é suficiente para nos proteger das intempéries da vida. Todavia é preciso:

1. CLAMAR: Ver Jeremias 33.3
Clamar por socorro, nos momentos de angústia. No deserto. ÊNFASE: Davi clamou por socorro e o Senhor o livrou do “Poço de lama e perdição”. Salmo 40

2. FUGIR: Ver II Timóteo 2.22
Todos, independente de idade, temos que fugir do pecado. ÊNFASE: Fugir do pecado antes de ser covardia é sinal de temor a Deus. Exemplo: José Diante da mulher de Potifar.

3. OBEDECER: Ver I Samuel 15.22
Deus não está interessado em nosso serviço religioso apenas ritualista, mas deseja obediência aos seus mandamentos. ÊNFASE: Deus rejeita o culto ritualista do povo de Israel, como denuncia o Profeta Isaias.

APLICAÇÃO: Se você está passando pelo deserto, lembre-se que Deus é fiel e nunca vai te abandonar. É dela a promessa: “Nunca te deixarei e jamais te abandonarei".




III – Deus supre as nossas necessidades no deserto

Durante quarenta anos o Senhor proveu comida, água, roupa e calçado para o povo. Verdadeiros milagres aconteceram no meio do povo de Israel.

CONTEXTUALIZAÇÃO: No campo espiritual Deus coloca a nossa disposição todo o suprimento para nos tirar do deserto. Use o armamento:

1. A PALAVRA: Ver Salmo 1.1-2
É por meio da leitura e meditação da Palavra que Deus fala conosco.
ÊNFASE: Foi pela Palavra que Jesus venceu a tentação no deserto.

2. A ORAÇÃO: Ver Mateus 7.7-8
É por meio da oração que falamos com Deus. Jesus garante que Deus ouve e responde as nossas orações. ÊNFASE: Jesus gastou mais tempo orando do que ensinando sobre oração.

3. A COMUNHÃO: Ver Salmo 133
O texto lembra o tabernáculo, local do culto naquela época.
ÊNFASE: É falta grave abandonar a congregação – Ver Hebreus 10.25

CONTEXTUALIZAÇÃO: Hoje temos o templo, onde a igreja se reúne para a adoração e a comunhão. Aqui o Senhor ordena a bênção.

CONCLUSÃO
Se você está passando pelo deserto, creia que Deus está te preparando para conquistas. Não desanime, pois a terra prometida, a nova Canaã é logo ali.
Pr: Wellington Silva. Tecnologia do Blogger.